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Esgrimista natural de Barros Cassal disputará Paralimpíada de Tóquio

Jovane Guissone, 38 anos, foi medalhista de ouro na espada em Londres 2012.
Esgrimista natural de Barros Cassal disputará Paralimpíada de Tóquio
24.08.2021 09h24  /  Postado por: Departamento de Jornalismo

O medalhista de ouro na espada em Londres 2012, Jovane Guissone, está a poucos dias de disputar sua terceira Paralimpíada da carreira.

Dono da melhor marca da história da esgrima brasileira em Jogos Paralímpicos, o gaúcho, natural de Barros Cassal, vai disputar a edição de Tóquio querendo repetir a dose.

Nesta temporada, ele precisou se desdobrar entre os afazeres de pai de recém-nascidos e atleta paralímpico, mas é na família que busca a motivação necessária.

O esgrimista é marido da Kelly e pai do Júnior, Cecília e Alícia. As duas últimas são gêmeas e nasceram em 2021, ano paralímpico.

Ele conta que está na cadeira de rodas há 17 anos e admite que, no início, nunca imaginou que teria uma família. Hoje, Guissone se sente grato e motivado por ter formado uma. “É uma motivação muito boa que a gente tem. Depois de quase 18 anos na cadeira de rodas, aquela pessoa que nunca imaginou que teria família, hoje, ter família, ter filhos. Eu só agradeço a Deus por isso”, disse.

Como as gêmeas nasceram em ano paralímpico, Guissone teve de se desdobrar para aliar o término da preparação para Tóquio 2020 com o início da paternidade da Cecília e Alícia. “Foi muita correria. Ajustar os treinos com a família é complicado. A gente fica muito tempo na estrada, chega em casa e já tem de viajar de novo, muitas vezes a família fica distante da gente”.

“Ano de Paralimpíada e ser pai de gêmeas, não foi fácil. Além da pandemia e dos treinos, eu ainda tinha de dar suporte à minha esposa, que teve colestagem (problema hepático que causa intensa coceira) durante a gestação, pois isso poderia prejudicar as meninas. A cabeça foi a mil”, completou.

O esgrimista explicou que, em razão da pandemia, passou a ficar muito mais em casa com a família do que antes. Com essa maior proximidade, todos começaram a sentir mais quando ele precisa viajar para treinar ou competir.

“A pandemia fez com que muitas famílias ficassem próximas, e a nossa foi esse caso. Agora, quando eu saio para viajar, fica todo mundo chorando e a gente sai triste também por deixar”, falou o atleta. “Eu tento curtir demais a minha família. As recém-nascidas são umas doçurinhas. É uma coisa muito boa chegar em casa pegar uma, pegar outra, brincar com as duas”, complementou.

Apelo à torcida

Jovane Guissone tem 38 anos e nasceu em Barros Cassal, no Rio Grande do Sul. O esgrimista, que já foi eleito o melhor atleta do Brasil pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) durante 10 anos, é a maior esperança de pódio da esgrima brasileira em Tóquio. Diante disso, o gaúcho fez um apelo à torcida.

“A partir do dia 25, começa a esgrima no Japão. Conto com a torcida dos meus amigos, familiares e de todos no Brasil. Torçam, acreditem que vai dar certo. Vamos para cima dos caras para buscarmos uma medalha”, prometeu.

Com informações do Portal Surto Olímpico.

 

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