Emater/RS-Ascar desenvolve ação no Lar Mãe Cúria de Soledade
Alface, repolho, cenoura, beterraba, rúcula e tempero verde são alguns dos alimentos produzidos na horta do Lar Mãe Cúria, no município de Soledade. A horta, que hoje encanta com a beleza de sua produção e com a qualidade dos alimentos, tem o acompanhamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), desde o final de 2019.
A administradora do Lar Mãe Cúria, Dominga Basegio, lembra que a ideia surgiu a partir de uma conversa com uma das assistentes administrativas da Emater/RS-Ascar. “Conversando com a Denise surgiu a ideia da horta e do canteiro de chás. Fizemos o projeto e, desde então, temos o apoio da Emater. Depois que os extensionistas visitaram o Lar, viram o grande espaço disponível para o cultivo e foi construída a horta. Aceitamos a colaboração da Emater porque é um órgão importante para a sociedade e possuí um vasto conhecimento em diversas áreas”.
O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise, ressalta que o apoio técnico visou, desde o início, qualificar e ampliar a produção de hortaliças que já ocorria no Lar Mãe Cúria. “Nossa ideia é planejar a produção das hortaliças mais consumidas e fazer o escalonamento da produção, para que sempre tenha oferta de hortaliças para os idosos residentes”, explica. Entre as orientações repassadas, constam informações para a construção dos canteiros, densidade de plantio, manejos da adubação e fitossanitários. Nos próximos dias, também deve ser implantado no local uma variedade de mandioca, visando tanto o consumo como a multiplicação das ramas.
Outro apoio importante é a doação das mudas cultivadas, realizada pela WGreen Vegetais. Com a doação das mudas e a orientação dos extensionistas rurais, o manejo diário na horta e dos canteiros de chás é realizado pelos colaboradores do Lar, Zaloar Antônio Sottili e João Golçalves dos Santos, o seu Joãozinho, como é conhecido por todos. Dominga ressalta ainda que, com isso, a produção tem gerado economia para o Lar onde, atualmente, residem 47 idosos. “Com a ampliação da horta tivemos uma boa economia na compra de alimentos. Hoje, basicamente, compramos frutas e batatas. As hortaliças vêm da nossa produção”, comenta. Para os próximos meses, a ideia é comercializar a produção excedente. “Assim podemos reunir recursos para estruturar a nossa horta e comprar os sombrites para a produção durante o verão, por exemplo”, planeja a gestora.
Plantas bioativas
Se hoje a ampliação da horta é uma realidade, é importante lembrar que o ponto de partida foi a implantação de um horto medicinal. O uso de chás é tradicional em muitas famílias e as avós do Lar Mãe Cúria não são diferentes. “O consumo de chás é um conhecimento transmitido por gerações, traz memória afetiva e é muito valorizado, especialmente pelas idosas e isso me motivou a contribuir com esse horto medicinal e proporcionar mais variedades de chás para os residentes”, explica a assistente administrativa da Emater/RS-Ascar, Denise Vidaletti.
Para a organização do horto medicinal foi realizada uma campanha junto às escolas e com a Secretaria Municipal de Assistência Social para a coleta de garrafas pet, que foram utilizadas para delimitar os canteiros. No horto são cultivados chás e plantas condimentares, como alecrim, manjericão, linhaça, hortelã, melissa, alcachofra, cavalinha, entre outros. “O médico que acompanha nossos internos estimula o uso dos chás caseiros. Antes do horto, as avós ficavam esperando o doutor Jerônimo chegar, porque ele trazia os chás. Agora, elas podem vir até o horto”, comenta Dominga, ao lembrar o trabalho do médico Jerônimo Tatim junto aos residentes do Lar Mãe Cúria.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar – Regional de Soledade
Jornalista Carina Venzo Cavalheiro