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– Por mais negros na magistratura – é tema de artigo de juíza de Soledade no Jornal do Comércio

– Por mais negros na magistratura – é tema de artigo de juíza de Soledade no Jornal do Comércio
25.05.2017 08h44  /  Postado por: upside

A edição do Jornal do Comércio desta quinta-feira (24) estampa um artigo da juíza da vara criminal da comarca de Soledade, Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro. O texto está publicado na página 04 do diário e aborda a inserção dos negros da magistratura sendo intitulado “Por mais negros na magistratura”.
No texto, Karen fala de sua participação no I Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros e diz ter orgulho em fazer parte do contingente de negros que ocupam o cargo de juízes no Brasil. Um dado impactante é revelado no artigo, expondo que embora sendo o Brasil, um País com uma população de 51% de negros, apenas 1,4% dos magistrados são negros.
Além de ser publicado na edição impressa, o texto está disponível no site do Jornal, que tem circulação estadual e é considerado um dos maiores diários do Sul do País. A edição desta quinta-feira é especial pois hoje (25) o Jornal do Comércio comemora 84 anos.  ACESSE AQUI. 
LEIA O ARTIGO NA ÍNTEGRA
Por mais negros na magistratura
Karen Luise Souza Pinheiro – Juíza da Vara Criminal de Soledade
Dias atrás tive a satisfação de participar do I Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros. Com muito orgulho, me incluo entre o contingente de apenas 1,4% de magistrados negros do País. O evento, em Brasília, teve como objetivo a aproximação dos magistrados e a realização de um profundo debate acerca de racismo, igualdade racial e identidade, buscando-se encontrar mecanismos à promoção da igualdade. Não se pode admitir que, em um país com uma população de 51% de negros, apenas 1,4% dos magistrados sejam negros. Ora, quando se fala em democracia, fala-se em representatividade. Nos dias atuais, não há representatividade da população negra na magistratura. Isso é um problema da sociedade, e não apenas dos juízes negros, na medida em que representatividade, no caso, significa legitimidade do Poder Judiciário.
Uma série de proposições foi apresentada, inclusive a de envio de moção à AMB, a fim de que seja acolhido o pedido de criação de uma secretaria de igualdade racial na associação, para discussão do tema e encaminhamento de ações à alteração desta realidade. Motiva-nos ainda manifestações de apoio como a da vice-presidente administrativa da Ajuris, Vera Lúcia Deboni, em favor de maior presença de negros na magistratura.
Assim como a declaração do outro magistrado negro gaúcho que participou do evento – realizado pela Amagis-DF e Amase (SE), com apoio da AMB, Anamatra e Ajufe -, Antonio Carlos Ribeiro: “Saímos renovados, tanto nos aspectos jurisdicionais como pessoais”, disse ele. Que o encontro surta o efeito que desejamos e que a população negra passe a ser representativa na magistratura.

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