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Governo do Estado descarta intenção de manter parcelamento de salários até o fim do ano

Governo do Estado descarta intenção de manter parcelamento de salários até o fim do ano
03.08.2015 09h58  /  Postado por: upside

O secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, negou, na manhã desta segunda-feira, que o Palácio Piratini tenha intenção de manter o parcelamento de salário dos servidores até o fim do ano. Mas admitiu que o Estado precisa adotar alternativas para que o procedimento não se repita por todo o segundo semestre. Na sexta-feira, o governo anunciou o pagamento de rendimentos líquidos acima de 2.150 em três vezes, motivando paralisação do funcionalismo estadual nesta segunda-feira.
— Não queremos ficar postergando até o fim do ano, mas para isso nós temos que encontrar mecanismos razoáveis. Eu quero crer que isso vai acontecer — afirmou, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.
Ele confirmou que o governador José Ivo Sartori planeja a apresentação de um pacote de ajuste fiscal até sexta-feira. Feltes reconhece que o governo estuda incluir, no plano, duas propostas polêmicas: o aumento do ICMS e a privatização de estatais. O secretário ainda destacou que analisa a possibilidade de antecipar a cobrança de tributos de empresas e de ampliar o limite dos depósitos judiciais — hoje, o teto é 85%, mas o governo pode propor elevá-lo para 95%.
Segundo Feltes, o Palácio Piratini tentará uma nova rodada de negociações com representantes da Assembleia Legislativa e da Justiça. O governo busca sensibilizar os outros dois poderes a ampliar os esforços para economizar.
O secretário voltou a descartar a possibilidade de calote da dívida com a União, embora admita novos atrasos no pagamento mensal da parcela de R$ 280 milhões.
— Ela (a União) tem contrato leonino com o Estado. Não tenho dúvida que isso (o calote) afetaria ainda mais áreas nevrálgicas, como educação e saúde.
Feltes ainda insistiu no discurso adotado desde de sexta-feira pelos integrantes do governo Sartori, pedindo compreensão e paciência aos gaúchos.
— Nenhum de nós estamos em situação confortável.

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