Aberta oficialmente a EXPODIRETO COTRIJAL 2015
A Expodireto Cotrijal foi aberta oficialmente na manhã desta segunda-feira em Não-Me-Toque, no norte do Estado. A abertura contou com a presença de diversas lideranças políticas do setor do agronegócio brasileiro, presidentes e diretores de entidades agrícolas e representativas de classe, além de políticos ligados ao segmento produtivo e instituições financeiras que apóiam e patrocinam a feira.
Com o tema “Negócios que inspiram o amanhã”, a 16ª edição da Expodireto Cotrijal vai reunir, em seus 84 hectares, cerca de 515 expositores e deve atrair mais de 230 mil visitantes, do Brasil e do exterior. O evento vai até a sexta-feira (13).
O momento é de otimismo para o agronegócio brasileiro. O presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica, traduziu essa afirmação citando exemplos de como o setor vem crescendo e ganhando destaque no cenário econômico internacional. Em seu pronunciamento, Mânica traçou a trajetória da feira sem deixar de citar o futuro do agronegócio. “Passamos por um momento complexo de transição econômica, política e produtiva. As transformações neste cenário vão tornar o custo de capital maior, elevar a inflação e reduzir a lucratividade. Mas, ainda assim, confiamos no potencial do agronegócio como a base do desenvolvimento interno e externo do país. A nossa competitividade está atrelada ao aumento da produtividade. E a produção precisa ser cada vez mais sustentável”, antecipou o presidente da Expodireto Cotrijal, enaltecendo o papel dos expositores no que diz respeito à ampliação tecnológica e também dos visitantes, que utilizam a feira para aumentar a base de informações para fazer o agronegócio crescer.
O governador José Ivo Sartori criticou o governo feito ao longo dos últimos anos que, segundo ele, se distanciou da sociedade. “Temos um povo inovador, aberto, produtivo, solidário, mas um governo que falta eficiência. Muito caro e na maioria das vezes fechado em si mesmo, sem saber se voltar para fora”, destacou. Para ele o governo precisa estar junto da sociedade e equiparado a ela. “O longo caminho que temos à frente não é obra para um homem só. Talvez demore anos ou décadas, mas é possível reverter esse quadro”, afirmou. Para ele as ações governamentais devem ser tomadas sem espetáculos e percorrendo um caminho de seriedade. Vamos percorrer o caminho da seriedade e da responsabilidade. “Se não pudermos fazer muito, no mínimo não devemos atrapalhar quem produz. Temos um Estado que luta, que avança, que coopera e faz acontecer, uma sociedade que vence e devemos colher os exemplos”, destacou sobre a iniciativa privada que está envolvida na realização da feira.
Em seu discurso, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, prometeu uma série de ações para o setor. A principal delas foi garantir a liberação de R$ 1,5 bilhão para financiar, a juros de 4,5%, a compra de máquinas agrícolas pelo programa Moderfrota. A possível falta de recursos disponíveis para atender a demanda — crescente diante do juro atrativo e garantido somente até junho — era uma das preocupações do setor.