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Polícia

Soldado teria matado o colega porque ele teria negado um cigarro

Soldado teria matado o colega porque ele teria negado um cigarro
18.11.2014 15h38  /  Postado por: upside

O soldado Raziel dos Santos, 18 anos, teria matado o colega Roger Lazaretti Rodrigues, da mesma idade, por causa de um cigarro, diz a denúncia do Ministério Público Militar. Santos responde processo por homicídio doloso qualificado por motivo fútil, por dificultar a defesa da vítima e por estar em serviço e utilizar-se disso no momento do crime.
Ambos os jovens cumpriam serviço militar obrigatório no Regimento Mallet, em Santa Maria, desde março deste ano. Eles faziam trabalho de sentinelas, guardas no quartel. Conforme a denúncia, no dia 6 deste mês, Santos teria entrado de serviço, por volta das 10h30min, pego o armamento no Corpo da Guarda _ os militares usam armas e munição real para a atividade _ e ido até o alojamento onde Rodrigues se preparava para ir embora _ ele estava saindo de serviço.
Ainda segundo a denúncia, Santos teria se aproximado e pedido um cigarro a Rodrigues, que teria negado. Santos teria insistido e, diante de nova negativa do colega, Santos teria destravado o fuzil e atirado contra a cabeça de Rodrigues.
A denúncia do Ministério Público Militar teve como base procedimento realizado pelo Exército, que ouviu três testemunhas que presenciaram o fato, além do próprio autor do disparo.
Na manhã desta terça-feira, o juiz auditor Celso Celidonio, da 3ª Auditoria Militar Federal em Santa Maria, aceitou a denúncia e decretou a prisão preventiva do réu, que cumpria prisão em flagrante desde o dia do fato em uma unidade militar da cidade. O local não é divulgado pela Justiça Militar Federal.
A partir de agora, Santos passa a responder processo criminal na Justiça Militar Federal por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) triplamente qualificado.
Santos é defendido por advogado da Defensoria Pública da União, que já encaminhou pedido de liberdade provisória. A solicitação será analisada no dia 15 de dezembro, quando ocorre a primeira audiência do caso. Neste mesmo dia, o réu será interrogado.
No total, são três audiências: a primeira é de interrogatório, a segunda, é na qual serão ouvidas cinco testemunhas de acusação, e a terceira, quando falarão as testemunhas indicadas pela defesa. A quarta fase é de alegações escritas, e a quinta, o julgamento, que é feito pelo Conselho de Justiça, composto por um juiz concursado e quatro juízes militares.

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