Homem que matou jovem em Ibirapuitã e escondeu corpo em poço é condenado a 15 anos pelo júri
O homem que matou a jovem passo-fundense Carina da Silva Abreu, de 28 anos em dezembro de 2015 no interior de Ibirapuitã e em seguida escondeu o corpo em uma propriedade rural no interior de Marau, foi condenado à 15 anos e 9 meses de prisão pelo tribunal do júri da Comarca de Soledade. A sessão aconteceu nesta quarta-feira (05/04) e foi presidida pela juíza Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro. Atuou na acusação o promotor Bill Jerônimo Scherer e a defesa do réu foi feita pela advogada Tatiane Calegari Gonçalves.
Conforme a denúncia que resultou na condenação, em 13/12/2015, Vanderlei de Almeida matou Carina da Silva Abreu, tendo passado a agredi-la, sufocando-a com a mão esquerda e logo depois estrangulando-a com um fio de telefone, matando-a por asfixia mecânica.
Vanderlei mantinha um relacionamento amoroso com a vítima Carina por um período de aproximadamente um ano e meio, quando resolveu pôr fim ao relacionamento. Na oportunidade, Carina foi a Ibirapuitã para se encontrar com Vanderlei e tratar sobre o relacionamento entre ambos. Carina chegou na cidade, tendo viajado de ônibus, sendo levada de carona até a proximidade da residência de Vanderlei por um amigo dele. Logo, Vanderlei seguiu viagem com seu automóvel e passaram a conversar sobre o rompimento do relacionamento e acabaram discutindo, quando Vanderlei segurou Carina com a mão direita e com a mão esquerda passou a esganá-la até esta desmaiar. Imediatamente, pegou um fio de telefone, que estava no banco traseiro do veículo, e estrangulou Carina, resultando destas agressões a sua morte.
Logo em seguida ele teria deslocado até a comunidade do Tope, interior de Marau, e levou o corpo até uma propriedade rural de sua família e jogou dentro de um poço de água existente ao lado da residência, que estava desabitada há uns cinco anos.
O corpo apenas foi encontrado em 22/12, nove dias depois do crime, após investigação feita pela Polícia Civil de Passo Fundo, coordenada pela Delegada Daniela de Oliveira Minetto. Sendo que Vanderlei ao ser ouvido confessou o crime e levou a equipe até o local onde estava o corpo.
Vanderlei está preso desde então e seguirá recolhido do presídio estadual de Soledade. A pena poderia ser maior, porém ele não foi condenado por todas as qualificadoras alegadas pelo Ministério Público e os jurados também aceitaram a privilegiadora alegada pela defesa, o que diminuiu a pena imposta ao réu. A defesa irá recorrer ao Tribunal de Justiça em relação a dosimetria da pena.
A vítima residia em Passo Fundo e deixou dois filhos. Vanderlei é agricultor a até a data do fato não possuía antecedentes.