PROJETOS DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA DESENVOLVIDOS NA UPF ENTREGARAM SOLUÇÃO PARA O AGRONEGÓCIO NACIONAL E MUNDIAL
Soluções tecnológicas utilizadas na gestão de propriedades rurais são uma realidade na agropecuária do Brasil e do mundo. E muitas dessas ideias que auxiliam e facilitam o dia a dia do homem do campo, como softwares de calibragem de máquinas agrícolas e de organização da propriedade, surgiram dentro das dependências da Universidade de Passo Fundo (UPF), na região norte do Rio Grande do Sul. A iniciativa é resultado de uma parceria com a Stara, gigante de máquinas e implementos agrícolas de Não-Me-Toque.
Há cinco anos, surgia o Stara Labs, um espaço incubado no UPF Parque Científico e Tecnológico — ecossistema que produz tecnologia para instituições e empresas parceiras além das cercanias do campus. A iniciativa envolve uma rede de pesquisadores e profissionais qualificados em colaboração com professores, alunos e estagiários. As equipes atuam em duas frentes: softwares destinados ao processo fabril e engenharia de produtos.
Egresso do curso de Sistemas de Informação da UPF, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Stara, Cristiano Paim Buss, é um case de como o agronegócio e o crescimento da região norte estão atrelados à produção científica e de inovação da universidade. Ele explica que um dos principais objetivos de a Stara estar dentro do campus é a captação de talentos. O executivo acrescenta que outro motivo é que o ambiente é propício ao desenvolvimento de softwares para as áreas de telemetria e apps para smartphones. “O StaraLab hoje é a nossa fonte de desenvolvimento de dados para essas plataformas. Esse tipo de software requer conhecimentos avançados em programação e a Stara encontrou uma forte parceria na área da computação e também na área de engenharia elétrica, que compõem essa equipe”, salienta.
Atualmente são 50 profissionais na área de desenvolvimento de software embarcado atuando na Stara, sendo 40% oriundos desse acordo. A parceria deve ser ampliada com a criação de um curso de mestrado in company. A proposta será estudada nos próximos meses e uma reunião para tratar do tema está agendada para o dia 17 de abril.
Para a Reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, a instituição está atenta a empresas que, assim como a Stara, têm interesse em aproximar a formação acadêmica dos problemas reais. Para ela, com a imediata absorção dos talentos pelos parceiros e a criação, mais rápida, de soluções inovadoras para os desafios do mercado, o resultado é o desenvolvimento. “A interação entre parques tecnológicos e empresas é uma equação ganha-ganha. Ganha a empresa que pode levar a aumentos significativos em eficiência, produtividade e qualidade, melhorando sua posição competitiva; ganha a academia que torna seu conhecimento aplicado e instiga novos aprendizados; ganha o estagiário que chega mais preparado para o mundo do trabalho e ganha o Brasil que retém seus talentos e se torna mais rico e competitivo”, pontua.
A gigante do agronegócio investe milhões em pesquisa e desenvolvimento todos os anos. Seus produtos são exportados para 35 países da África, Leste Europeu, Austrália e América do Sul. Números que dão a dimensão da importância dessa experiência no currículo dos alunos que passam pelos projetos.
UPF Parque Científico e Tecnológico
Atualmente, são dez projetos em andamento nas áreas de agronegócio, indústria criativa (prestação de serviços e varejo), saúde, educação e tecnologia. “O UPF Parque é uma porta de acesso para que empresas possam se conectar com o conhecimento, a pesquisa e a prestação de serviços”, ressalta a gestora do parque, Teofanes Foresti Girardi. Ela relata a importância da parceria com a multinacional, ao proporcionar eventos, oportunidades de conexão e também de networking com outras empresas do ecossistema da UPF.
Assessoria de impresa UPF
Foto: Carla Vailatti