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Governo federal deve suspender implementação do Novo Ensino Médio

O governo federal deve suspender a implementação do Novo Ensino Médio, informou a Folha de S.Paulo. A previsão é de que uma portaria determinando a interrupção seja divulgada nos próximos dias, contendo, ainda, a suspensão do prazo para as mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorreriam em 2024.

A suspensão ocorrerá ao longo do prazo de uma consulta pública que o Ministério da Educação (MEC) realiza sobre o assunto desde o início de março. A consulta tem duração prevista de 90 dias, podendo ser prorrogada. Depois de concluída, a pasta tem mais 30 dias para finalizar um relatório.

— Não é só simplesmente chegar e revogar, é preciso discutir. É isso que nós precisamos fazer. Espero que nesses 90 dias da portaria, a gente possa ter uma decisão e deveremos suspender qualquer mudança no Enem em relação a 2024 por conta dessa questão do Novo Ensino Médio — disse o ministro Camilo Santana ao Diário do Nordeste.

Na prática, a suspensão deve afetar a implementação do modelo do Novo Ensino Médio no Enem. Ainda há poucos detalhes divulgados sobre como a reforma afetaria a prova, mas, para contemplar o novo formato, seria necessário incluir uma parte flexível no exame. Hoje, os questionários são comuns a todos os candidatos.

Novo Ensino Médio

A mudança trouxe novas disciplinas e tornou uma parte do currículo flexível para os estudantes. Em 2022, a reforma passou a abranger as turmas de 1º ano do Ensino Médio. Nessa série, porém, o currículo ainda é semelhante ao antigo, apenas com a inclusão de três novas disciplinas: Projeto de Vida, Mundo do Trabalho e Cultura e Tecnologias Digitais.

Foi agora, em 2023, que a transformação principal começou: esses estudantes ingressaram no 2º ano, quando se inicia a parte flexível da carga horária. Nela, os alunos podem escolher entre duas ou mais áreas para aprofundarem seus conhecimentos. Na rede estadual do RS, por exemplo, há 28 trilhas de aprendizagem possíveis, e cada escola precisa oferecer ao menos duas.

Com a consulta pública aberta pelo MEC, a reforma pode sofrer alterações ou até ser revogada, por meio da aprovação de um projeto de lei substitutivo que, hoje, ainda não

Fonte: GZH

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