Com o agravamento da estiagem no RS, a Coagrisol está analisando como preocupante a situação das perdas nas culturas de soja como de milho na sua área de atuação.
Até o momento, conforme Dalvo Arcari, Gerente Comercial da Coagrisol, as lavouras de soja já apresentam cerca de 50% de quebra, com o milho em situação mais crítica, apresentando 80% de perda. “Estes números variam muito, visto as características de cada município, inclusive podendo na mesma cidade ter diferentes situações nas localidades do interior, como é o caso de Soledade”, ressalta.
Segundo os dados divulgados, na região de abrangência da Coagrisol, os municípios de Soledade e Mormaço são os que tem maiores perdas registradas, contrastando com Nova Alvorada, Casca e Vila Maria, que tiveram perdas, mas não tão significativas. “Alguns produtores que já destruíram suas lavouras, concentram sua expectativa para a chamada safrinha de soja”, finalizou Dalvo. O corpo técnico da Coagrisol está prestando toda assistência necessária, com informações e suporte aos produtores, fazendo visitas e avaliações conjuntas para cada realidade. “Mesmo não tendo a perspectiva de grandes problemas com a ferrugem asiática, é sempre importante que o produtor fique atento a possibilidade do surgimento de doenças de final de ciclo”, ponderou.
O atraso na semeadura e a falta de umidade para as lavouras, já conduzem a um grande prejuízo sobre a produtividade na cultura da soja. A safra gaúcha de milho alcançou uma perda de quase 60%, enquanto no milho irrigado é de 13,5% e na soja a perspectiva atual é de 24% mesmo ainda com a semeadura em andamento que já chegou a 93%.
Os dados são da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e foram divulgados pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).