O novo anúncio do governador Eduardo Leite, mantendo o alerta máximo por pelo menos mais duas semanas e suspendendo o sistema de cogestão em todas as regiões mantidas com bandeira preta até o dia 21 de março, com restrição de atividades econômicas consideradas não essenciais, não foi bem recebido pelas lideranças do comércio.
Ontem à noite, o presidente da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul) disse a esta coluna, que considera “preocupante esta intransigência do Governador Eduardo Leite. O comércio segue a risca os protocolos da OMS. Micro e Pequenos negócios na grande maioria, investiram recursos para implantarem-se as regras e estão sendo impedidos de exercerem suas atividades, contrariando a Constituição Federal que prevê o Livre Comércio, o ir e vir das pessoas”.
FCDL aponta sequência de falhas
Koch tem conversado com colegas de todo o estado, e lamenta que “não foram feitos investimentos mínimos necessários na saúde, ineficiência do poder de polícia para impedir ou dispersar aglomerações, fronteiras estaduais livres para jovens se acomodarem em locações no estado de Santa Catarina, com ocupação exagerada. Um país que está sendo desestruturado enquanto Federação, inversão de hierarquia, desrespeito a autoridade máxima”. Ele é enfático ao afirmar: “Autoritarismo, demagogia e cultura do Medo sendo implantada. É hora do presidente Bolsonaro cumprir a Constituição.”
Surto não tem relação com mobilidade
Para o médico e ex-ministro Osmar Terra, “não é verdade que surto atual tenha a ver com maior mobilidade, senão janeiro teria que ter tido mais casos que fevereiro em função das comemorações do natal e fim de ano. Não teve. A causa do surto atual é a nova cepa, mais infectante, que não respeita bandeira preta e lockdown”.
Terra porém, com base em novo estudo internacional, projeta uma boa notícia na próxima semana: “Os surtos de novas cepas mais infectantes do coronavírus, no Reino Unido, Portugal e Amazonas já regrediram. O crescimento exponencial dura 5 semanas, depois cai muito número de novos casos pela ação da imunidade de rebanho. No Rio Grande do Sul, começaria a regredir na próxima semana”.
Fonte: O SUL