O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou, nesta terça-feira, que as regiões em bandeira vermelha poderão ter aulas presenciais nas próximas rodadas do Distanciamento Controlado. Em transmissão online, Leite informou que o governo do Estado se reuniu com o Ministério Público e promotores para esclarecer os protocolos sanitários usados nas escolas gaúchas, assim como o sistema híbrido, que divide o ensino em parte presencial e online, que permitiu que as mesmas fossem abertas em meio à pandemia. Um decreto será publicado até a manhã desta quarta-feira sobre o tema.
“Passados oito meses de atividades com níveis de restrição, todos aprendemos a lidar melhor com o vírus e identificamos o quanto é importante mantermos as escolas funcionando com rigorosos protocolos sanitários”, disse durante a live. “Não como antigamente, mas com redução de alunos, com incrementos de efetivos de equipes de limpeza, com equipamentos de proteção individual”.
“Mantendo a observação, será possível manter as escolas em regiões com bandeira vermelha. A educação é prioridade, por isso tomamos essa decisão”, completou.
A última alteração em relação às aulas presenciais ocorreu na 28ª rodada do Distanciamento Controlado. O Gabinete de Crise havia decidido que as escolas só poderiam fechar ou interromper as suas atividades presenciais quando a região entrasse na segunda semana consecutiva em bandeira vermelha. Ainda de acordo com a equipe técnica, quando a área retomasse a classificação de laranja ou amarela, as aulas presenciais poderiam ser retomadas imediatamente naquela mesma semana.
Nessa segunda-feira, o governo estadual colocou oito regiões em bandeira vermelha na 29ª rodada do Distanciamento Controlado.
Acervo literário online para rede estadual
O governo do Estado também realizou o lançamento de duas plataformas de leitura para estudantes e professores da rede estadual de ensino. O Elefante Letrado é voltado aos alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais com a disponibilização de uma extensa lista de livros infantis, clássicos e contemporâneos, nacionais e internacionais, além de jogos de perguntas. Os professores terão acesso ao dispositivo para acompanharem o desenvolvimento e progresso das crianças, assim como irão receber relatórios, indicar leituras, entre outras atividades.
Já a Árvore oferece conteúdo para estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, com o mesmo tipo de serviço com a disponibilização de um grande acervo de livros para os alunos, assim como os relatórios de acompanhamento, planos de aulas, e outras ferramentas voltado para os professores. Os conteúdos poderão ser acessados pelo celulares, computadores e tabletes. O serviço também poderá ser feito de forma offline. A ação tem investimento de R$ 32,5 milhões.
De acordo com o secretário da Educação, Faisal Karam, a iniciativa atende a uma demanda da comunidade escolar que ficou sem acesso às obras literárias durante a pandemia e da necessidade de qualificar e estimular o hábito da leitura, a interpretação de texto e a inserção dos alunos no novo contexto econômico global.
“As plataformas representam um avanço, no sentido de que os alunos serão acompanhados no desenvolvimento da leitura. Essas novas ferramentas estarão inseridas na plataforma Google Sala de Aula e contam com recursos inovadores para incentivar o engajamento do estudante. O professor terá acesso, de forma detalhada, a maneira com que o aluno utilizou o livro, desde o número de páginas que ele leu até o tempo que levou para concluir a leitura”, explicou.
O secretário adiantou que, nos próximos dias, será lançada uma ferramenta para auxiliar o ensino de matemática.
*Correio do Povo