Felicidade, esse é sentimento que descreve dona Maria Santos Oliveira, 68 anos, moradora do bairro Expedicionário, em Soledade, ao reconhecer afetivamente como filho, Matheus Oliveira Calegari, de 25 anos. Matheus é filho legítimo de uma sobrinha de Maria que morou com ela desde os seus 12 anos e quando dos seus 18 engravidou e deu a luz ao garoto. Os dois, mãe e filho continuaram a residir com Maria, o que dificultava o reconhecimento de maternidade a ser legalizado. Matheus passa a ser a partir de agora o único filho de Maria, por a mesma não possuir outros de forma biológica.
Na visão da mãe, merecida e oficialmente reconhecida, não há distinção de um filho do coração, para com um sanguíneo, o amor e a afinidade são os mesmos. Até os 8 anos do Matheus, dona Maria possuía seu companheiro, após o criou sozinha em virtude do falecimento dele. Santos avalia que para um bom ensinar e educar não necessariamente um casal executa esta responsabilidade com competência, atualmente várias mães carregam sob seus ombros essa incrível missão.
A responsável pelo Cartório Joana Malheiros comemora iniciativa da mãe neste reconhecimento. Para a registradora, o mais importante nisso tudo, é a filiação e os direitos adquiridos no momento deste ato de registro, pois valem aos socioafetivos os mesmos que para os filhos biológicos. Ambos adquirem direitos a alimentos, a sucessão, ao nome, convivência, assistência moral e material, não havendo distinção. Assim como possuem obrigação ou dever para com os pais, no sentido do cuidado e assistência.
Fonte: Letícia Nunes/Rádio Soledade.