Ontem, 18 de maio foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data remete ao dia 18 de maio de 1973, quando a Araceli Crespo, de 8 anos, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta em Vitória (ES). Os agressores nunca foram punidos.
Em Soledade, o Centro de Referência em Assistência Social –CREAS realizou atividades que embora sejam permanentes, foram intensificas durante a última semana, tais como a realização de diálogo em escolas e a distribuição de material educativo sobre o tema.
Conforme a coordenadora do CREAS, Nair Sabadin, embora silencioso, o tema que envolve o abuso e a exploração sexual é permanente na comunidade e necessária a conscientização para que se quebre o tabu sobre falar desta situação. Em entrevista ela relatou a importância das denúncias e comentou a importância deste dialogo ser feito também com as crianças, para que as mesmas desde cedo já saibam identificar alguma forma de violência sexual. Ela comentou que aos adultos, além da responsabilidade legal de proteger e defender crianças e adolescentes, cabe também o papel pedagógico da orientação.
Tema preocupante segundo Nair, é que pesquisas apontam que menos de 10% dos casos são registrados. Fator determinante para isso é geralmente a situação de existir algum familiar da vítima como autor do crime sexual.
A respeito de Soledade, Nair Sabadin trouxe dados de que em 2016, foram realizados pelo CREAS 46 atendimentos às crianças vítimas de alguma violência, e cinco destes envolvem diretamente a violência ou exploração sexual. Ela reforçou que o papel do CREAS é de acompanhamento psicossocial e jurídico às vítimas.
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