Prefeitos defendem a instalação de universidade federal no Alto Jacuí
A instalação de uma universidade federal foi apontada pelos prefeitos do Alto Jacuí como uma das principais demandas da região. O tema foi destaque nas manifestações dos gestores municipais que participaram da reunião do projeto RS 2030. O terceiro encontro do novo ciclo de debates foi realizado, na quarta-feira (15/03), em Espumoso. Estiveram presentes representantes das Associações dos Municípios do Alto Jacuí, da Centro Serra, do Alto da Serra do Botucaraí e do Vale do Rio Pardo. O evento contou com a participação de 58 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e líderes locais.
O coordenador-geral da Famurs, José Scorsatto, ressaltou o esforço permanente da entidade para estar perto dos prefeitos. “A Famurs tem o objetivo de ir ao encontro das comunidades e discutir as demandas da região”, observou. Ao elencar as principais necessidades dos municípios do Alto Jacuí, o prefeito de Espumoso, Douglas Fontana, destacou a importância de facilitar o acesso da população ao ensino superior. “Defendo uma universidade federal na região”, explicou.
O prefeito de Lagoa dos Três Cantos, Dionisio Wagner, acredita que a presença de uma instituição de ensino na região pode contribuir para a redução do êxodo rural. “Se tiver uma faculdade, os jovens ficarão por perto”, ponderou. Posição que também foi defendida pelo prefeito de Santo Antônio do Planalto, Elio de Freitas. “É muito importante termos na nossa região uma universidade federal”, defendeu.
Falta de segurança
Outro tema que ganhou destaque no debate foi a falta de segurança pública. Na quinta-feira (02/03), o prefeito de Ibirapuitã, Rosemar Hentges, foi feito refém durante assalto a uma agência do Sicredi na cidade. O vice-prefeito do município, José Provenci, lamentou o episódio. “Não é todo o dia que sequestram um prefeito em um assalto a banco”
Uma semana depois, em 08 de março, criminosos assaltaram as agências do Banrisul e do Banco do Brasil em Fontoura Xavier. “Certamente os municípios de vocês serão assaltados se não tiver segurança na rua”, vaticinou o prefeito José Flávio Godoy da Rosa, que ficou espantado com a tranquilidade dos bandidos durante a ação criminosa. Após ouvir os relatos dos gestores locais, o coordenador do projeto RS 2030, Jairo Jorge, demonstrou preocupação com a escalada da violência nos municípios gaúchos. “A segurança passou a ser um problema de todas as cidades”, lamentou.
O ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati alertou que tudo converge para dificultar a atuação dos gestores municipais. “No momento da crise, o que mais se joga nos ombros dos prefeitos são responsabilidades”, refletiu. Falta de recursos para a saúde, mudanças na previdência social, investimentos na agricultura e o Pacto federativo foram outros temas que entraram em pauta durante o encontro. O superintendente técnico e de relações institucionais da Famurs, Verno Muller, exaltou a participação dos prefeitos em mais uma edição do projeto RS2030. “O objetivo de ouvir a comunidade foi alcançado”, celebrou.
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