Cobrança de pedágio para duplicar trecho da BR 386 na região ainda causa polêmica
Na tarde da última sexta-feira, 17, no Centro Cultural de Soledade, a Agência Nacional de Transportes Terrestres promoveu a quarta audiência pública para discutir a duplicação da BR 386.
No plano de concessão, dois pedágios passariam pela região: um no km 226 em Soledade, com o valor de R$ 8,60 e no km 260 em Fontoura Xavier com o valor de R$ 9,50. Estão previstos para serem instalados outros dois, um no quilômetro 370 em Fazenda Vila Nova, que custaria R$ 11,00 e em Montenegro, km 426, no valor de R$ 7,00. As estimativas são de que o valor total para viajar de carro de Mormaço a Porto Alegre seria de R$ 72,00, sendo que de caminhão este valor seria de acordo com o número de eixos do veículo.
Para viajar para Mormaço a Porto Alegre e voltar pela BR 386, passando pelas quatro praças duas vezes, seriam gastos, de automóvel, R$ 72,20. Para saber quanto gastaria um caminhão, basta multiplicar esse valor total pelo número de eixos do veículo.
As resistências quanto ao pedagiamento são grandes e assessor da presidência da ANTT, Marcelo Fonseca ao ser indagado por nossa reportagem sobre a possibilidade de o trecho da região poder ficar de fora da duplicação disse que tudo ainda está sendo discutido e o valor das tarifas ainda podem mudar.
Ainda serão realizadas outras duas audiências públicas sobre o plano, quarta-feira, 22 em Montenegro e quinta-feira, 23, em São João do Sul, Santa Catarina. O representante do DNIT disse que a manifestação das 55 pessoas que demonstraram desde a contrariedade aos pedágios até a possibilidade de mudanças no modelo está sendo sim levada em conta e há possibilidade de voltar à região para continuar discutindo o modelo que se pretende implementar para a duplicação da BR 386.
Outra questão que foi bastante discutida é reposicionar as praças de pedágio previstas para estar no km 226 em Soledade, com o valor de R$ 8,60 e no km 260 em Fontoura Xavier com o valor de R$ 9,50, bem como começar a concessão antes, no trecho da 386 em Sarandi. Fonseca diz que caso seja necessário fazer estas mudanças, o projeto pode atrasar.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de a Agência Nacional dos Transportes Terrestres aceitar o acompanhamento do projeto através de um grupo de trabalho composto por autoridades da região, o representante deixou claro que entende que este grupo não pode adiar o projeto e sim ser produtivo.
Por fim, o assessor da presidência da ANTT falou sobre as datas para a conclusão deste edital de duplicação da BR 386.
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