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Soledade passa a contar com atendimentos do Projur Mulher

Soledade passa a contar com atendimentos do Projur Mulher
14.03.2017 10h02  /  Postado por: upside

A partir de agora, o município de Soledade passa a contar com os serviços do projeto de extensão Projur Mulher, da Universidade de Passo Fundo (UPF). A solenidade de inauguração aconteceu na noite de sexta-feira, 10 de março, no auditório do campus da UPF em Soledade e reuniu diretores, professores da Faculdade de Direito, autoridades e alunos.
Entre as cidades com maior índice de violência contra a mulher no Rio Grande do Sul, Soledade é a primeira a receber a ampliação do projeto que presta serviços de orientação e assistência jurídica a mulheres em situação de violência. Em função disso, o diretor do campus Soledade, Idioney Oliveira Vieira, acredita que o projeto possa funcionar como uma forma de amenizar essa situação, tanto pela mediação dos conflitos quanto pela construção de uma cultura de não violência contra a mulher. “A partir do momento em que a Universidade começa a divulgar essa prestação de serviços, nós acreditamos que essas pessoas, que às vezes não procuram os órgãos oficiais, vão encontrar no Projur um local e um ambiente construídos, preparados para atender a essas mulheres. A gente espera que a confiança no projeto, a confiança na Universidade façam com que as mulheres venham conversar e venham buscar orientações quando acontecem casos como esses”, destacou.
De acordo com a coordenadora do Projur Mulher, Josiane Petry Faria, a necessidade de levar o projeto até Soledade veio de dois fatores. O primeiro deles é o fato de que, ao longo de seus 14 anos de atividades, ampliar o projeto do Projur já era um desejo da direção da Faculdade de Direito e da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. O segundo fator é justamente em função dos altos índices de violência contra a mulher em Soledade e o envolvimento que o próprio projeto já tinha com a comunidade local. “Por diversas vezes, o projeto já esteve aqui trabalhando na prevenção à violência, por meio de palestras, rodas de conversa, reuniões com a comunidade, o que nos possibilitou estabelecer grandes parcerias. A demanda também foi fator decisivo. Além de a comunidade desejar muito o Projur, a coordenação do projeto também desejava que ele fosse instalado aqui porque já vem acontecendo uma relação antiga de atividades e de troca de experiências e ações”, destacou a professora. Para Josiane, a principal ideia é levar à cidade uma maior orientação a respeito de todas as questões de gênero. “Com isso, queremos possibilitar um empoderamento, uma emancipação da mulher, reduzir esses índices de violência e fazer com que essas mulheres tomem a iniciativa de fazer as denúncias”, pontuou.
O professor Rogério Silva, diretor da Faculdade de Direito, lembrou que o Projur Mulher já é um projeto consagrado em Passo Fundo e que, além de prestar um grande serviço à comunidade, também ensina muito aos alunos do curso. “É uma forma de conhecer a realidade, de fazer a ligação com a região e a sociedade e a comunidade com mais um serviço prestado pela Faculdade de Direito. O projeto de extensão fortalece o vínculo com a comunidade e mostra para os nossos alunos uma realidade que preocupa, que é a falta de proteção das mulheres vítimas da violência”, disse.
A formação dos acadêmicos também foi um dos pontos ressaltados pela vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, ao comentar que a discussão com os alunos e a possibilidade de eles terem no Projur Mulher um espaço de ensino-aprendizagem onde vão poder experimentar uma situação distinta relacionada à violência contra a mulher e ao enfrentamento jurídico e social que isso gera representarão uma qualificação melhor, que, futuramente, pode ajudar em situações como essa em outros espaços da vida profissional. “O trabalho se dá nessa direção e a gente sabe que essa temática ainda é bastante velada. Nós estamos aqui nesse momento, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, e ainda há muita desigualdade, muito sofrimento e, enquanto instituição formadora, nós precisamos trazer esses temas ao alcance de todos. Nós precisamos discutir esses assuntos com os alunos, para que, quando profissionais, eles possam continuar fazendo frente a situações como essa”, finalizou.
O Projur Mulher terá atendimento junto ao campus Soledade, onde será coordenado pela professora Claridê Chitolina.
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