Vereador do PSDB diz que bancada do governo instalou ditadura na Câmara Municipal
Grande parte da sessão ordinária da Câmara de Soledade nesta quarta-feira (1º de março) foi marcada por acaloradas discussões entre os edis devido à um requerimento de autoria do vereador Edson Stecker (PSDB) solicitando prestação de contas do Rodeio Internacional de Soledade.
O pedido requer a prestação de contas referente ao recurso de R$ 29 mil repassado à APROSOL para a realização do evento tradicionalista. Antes de sua aprovação a medida gerou intensos debates entre os vereadores e também na comunidade.
Stecker argumenta que é favor do Rodeio mas entende que o evento deveria “andar com as próprias pernas” sem auxílio financeiro do poder público. O edil entende que outras entidades que prestam serviços à comunidade teriam maior necessidade de apoio através da destinação do recurso.
O ponto mais acalorado foi quanto o líder do governo, Gustavo Baldissera (PMDB) pediu que se fizesse uso de espaço regimental – intervalo durante a sessão -. Durante este espaço houve conversa entre os edis para os acertos finais sobre a votação do requerimento. Após o mesmo foi aprovado por maioria, com voto de minerva do presidente do Legislativo, Ilânio Casagrande Guerra.
O vereador Luis Carlos Vizzoto (PSDB) disse que uma ditadura está instalada na câmara municipal por parte da bancada do governo, que busca minimizar a oposição e suprimir a votação de medidas propostas pela bancada adversária ao governo. “Isso é uma perseguição que está acontecendo. Eles estão triturando nós que somos a minoria. Não tinham matérias importantes mas pediram espaço regimental para combinar voto derrubar o requerimento e isso é um absurdo. O vereador Gustavo é líder desta ditadura que está ditando oque tem que ser feito aqui dentro, querendo nos esmagar, mas ninguém irá nos calar, iremos lutar até o fim em defesa do povo de Soledade” disse o parlamentar.
Contraponto Vizzoto, Gustavo Baldissera diz que está tranquilo com as críticas. Para ele, como há uma previsão regimental para o espaço, é possível usá-lo. “Acho lamentável a postura de um político tão antigo agir desta forma. Acho que isso não enaltece o trabalho da Câmara, só vem a perturbar e levar uma imagem negativa da Câmara à sociedade. Acho um absurdo dizer que defendo a ditatura, afinal sou um advogado, defendo a Constituição deste País, a lei Orgânica do Município e o regimento da câmara, que é nossa constituição aqui dentro” pontua.
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