Homem que matou mulher no bairro Ipiranga é novamente julgado e condenado a 16 anos de prisão

Antônio Carlos Hilário de Barros, 48 anos, réu por ter matado a ex-companheira Rosimeri Borges Maciel em outubro de 2013 no bairro Ipiranga, foi novamente julgado pelo tribunal do júri da comarca de Soledade nesta quarta-feira (19/10).
Ele já havia sentado no mesmo banco dos réus em 2015, onde foi condenado a seis anos de prisão, porém atendendo a recurso do Ministério Público o Tribunal de Justiça do Estado anulou o júri e determinou uma nova solenidade de julgamento.
Desta vez, Antônio Carlos foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão, porém ele poderá recorrer em liberdade. A sessão foi presidida pela juíza da vara criminal Karen Luíse Vilanova Batista de Souza Pinheiro. Na acusação atuou o Ministério Público, representado pelo promotor Bill Gerônimo Scherer e a defesa do réu foi feita pela advogada Tatiane Callegari Gonçalves.
O crime ocorreu na manhã do dia 23/10/2013, quando Rosimeri, depois de levar o filho de quatro anos para a creche, foi morta com um golpe de faca no pescoço. Naquela ocasião, após cometer o assassinato, Antônio Carlos fugiu e foi localizado após dois dias em uma estrada na localidade de Bom Sossego, interior de Ibirapuitã.
Conforme os dados que constam no processo, como justificativa para o crime, Antônio Carlos alegou ter passado por um momento de insanidade. Em depoimentos ele afirmou que foi ofendido pela vítima, após a ter encontrado na rua, no dia do crime. Em interrogatório feito durante a fase de instrução, Antônio Carlos relatou como tudo aconteceu e enfatizou que não teve intenção de matar. “Aconteceu em um momento de raiva e de terror. Foi quando que eu puxei e desferi um golpe nela, mas não com a intenção de matar”, transcrição do termo de audiência realizada em 20/05/2014, retirado do Site do Tribunal de Justiça.
Rosimeri residia na Rua João Provim com dois filhos, um de 4 e outra de 9 anos de idade, fruto de seu primeiro relacionamento. Ela morava em Soledade há cerca de 2 anos, e trabalhava na limpeza do Sítio Robertão. Anteriormente, vivia com seu pai na comunidade de Pontão dos Manecos, interior de Espumoso.
A defesa informou que irá recorrer da decisão.