A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou, através de parecer, o pedido de cassação da liminar do STF que concedeu, há nove meses, a liberdade ao advogado Maurício Dal Agnol. Ele teve a prisão preventiva decretada em 19 de fevereiro de 2014 e chegou a ficar preso durante quatro meses. A liminar que liberou Dal Agnol da prisão e também do pagamento da fiança fixada pelo juiz de primeiro grau foi concedida pelo ministro Marco Aurélio. Na oportunidade, o ministro relator argumentou o seguinte: “pouco importa que, no desenvolvimento profissional, tenha o paciente se apropriado de quantias que deveriam ser entregues aos clientes. Incumbe aguardar, sob tal ângulo, o desenrolar do processo-crime e a formação de culpa”. Uma manifestação da subprocuradora Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira contesta o habeas corpus e afirma que “o paciente, na condição de advogado, se apropriou de vultosa quantidade de dinheiro, prejudicando vários clientes”. Se a decisão do colegiado (Rosa Weber, presidente; Marco Aurélio; Luiz Fux; Roberto Barroso e Edson Fachin) afinar com o parecer da PGR, Dal Agnol pode voltar a ser preso.