O deputado Giovani Cherini (PDT), coordenador da bancada gaúcha no Congresso, voltou a criticar a condução da Secretaria de Segurança do Estado e pediu a substituição do atual titular da pasta, Wantuir Jacini, pelo deputado estadual Enio Bacci (PDT). Segundo Cherini, o secretário é desconhecido da maior parte da população e deixou a situação chegar ao “caos”. “Ele ficou muito tempo fora do Estado, conhece pouco o Rio Grande, por isto estamos nessa situação. Além da segurança, precisamos da sensação de segurança, e o Bacci poderia fortalecer a secretaria. Ninguém aguenta mais”, afirmou Cherini.
Ele também considera fundamental a troca de secretaria. Conforme o pedetista, o atual secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, não tem pulso firme para controlar esta ação negativa no Estado. “Precisamos de um posicionamento contundente e capaz de resolver a questão da nossa segurança. Defendo que o Enio Bacci seja o melhor nome para assumir a pasta neste momento de aflição da sociedade gaúcha”, enfatizou o deputado federal. O pedetista diz que é essencial atuar forte neste setor, nos mesmos moldes que o secretário José Mário Beltrame faz para inibir a violência no Rio de Janeiro.
O próprio Bacci, que comandou a Secretaria no governo Yeda Crusius (PSDB), já criticou Jacini na tribuna da Assembleia, cobrando mais agilidade nas decisões, chegando a afirmar que faltava “voz de comando na Secretaria de Segurança Pública”. Ao mesmo tempo em que cobra ações do governo, o PDT deu os votos necessários à aprovação da troca das alíquotas do ICMS medida fundamental para o orçamento dos próximos anos, segundo o Piratini. O líder da bancada na Assembleia, Eduardo Loureiro, entretanto, afirma não haver relação entre os assuntos e diz que o PDT não pleiteia novos espaços no governo. Loureiro, contudo, reconhece que Jacini sofre desgaste. “Estão levantando o nome de Bacci por outras circunstâncias. Entendo o contexto complicado na área, mas não houve qualquer negociação nesse sentido”, garante.
O presidente estadual do partido, Pompeo de Mattos, acredita que o partido deva colaborar fazendo críticas internamente. “Não é porque cobramos que queremos tomar o lugar. Temos conhecimento de causa, o Enio (Bacci) já foi secretário. Estamos no governo vamos colaborar para encontrar as melhores soluções”.