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Região Sul será líder no Brasil em produção de leite a partir de 2015

A região sul do Brasil será, a partir do próximo ano, a primeira em produção de leite no país. De acordo com projeção da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina concentrarão 35% da produção do setor, 2% além da atual produtividade, que está em 10,8 bilhões de litros por ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2), na 37ª Expointer, durante o lançamento da Aliança Láctea Sul Brasileira. O Sul atualmente têm a maior produtividade por vaca leiteira no país, com 2,5 mil litros por animal ao ano, enquanto a Região Sudeste lidera em produção de leite.
Os representantes dos estados formalizaram, em ato no auditório da Administração do Parque de Exposições Assis Brasil, a instituição da aliança como fórum público-privado permanente. A Aliança Láctea Sul Brasileira integrará ações de cooperação para facilitar assistência técnica, profissionalização, políticas tributárias, infraestrutura, inspeção sanitária e incentivos fiscais. Participaram da atividade o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Claudio Fioreze, o governador em exercício de Santa Catarina, desembargador Nelson Juliano Martins, e o secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.
Defesa da qualidade do leite
Durante o ato, o secretário Fioreze defendeu a qualidade do leite produzido nos três Estados, responsável pela principal cadeia produtiva da agricultura familiar na região: “Nós temos certeza de que o leite do Sul do Brasil é um leite de excelente qualidade. É um leite trabalhado desde a pesquisa, assistência técnica e defesa. É um dos mais inspecionados e, portanto, o de melhor qualidade do Brasil”. Hoje são 300 mil unidades familiares que trabalham com produção leite nessas três regiões. “É de extrema importância a união entre a comunidade científica e políticas públicas que desenvolvam emprego, renda e qualidade de vida”, afirmou Fioreze.
Para o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, o novo formato da gestão da cadeia leiteira na Região Sul deve elevar a comercialização em escala mundial: “Temos oportunidades e problemas em comum. Nossas condições naturais e o trabalho realizado na agricultura familiar tem o mesmo perfil. Com esta aliança quem ganha é o produtor, o consumidor e também o país”.
Além de alavancar a qualidade do leite e dos produtos lácteos, a proposta da aliança é adequar a produção baseada na Instrução Normativa nº 62, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com políticas de defesa, de inspeção, ações integradas de combate às fraudes, capacitação e assistência técnica dos produtores e políticas tributárias uniformes, favorecendo a competitividade e o desenvolvimento comum da cadeia leiteira.

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