Em frente à rampa do Congresso Nacional, os participantes da XVII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios pediram aos parlamentares respeito e mais recursos. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se atrasou em compromisso anterior, mas, ao receber os gestores, prometeu que até junho haverá a votação do projeto que aumenta o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Além de estipular esta data, Alves disse que trabalha para que a Comissão Especial, responsável por apreciar o projeto, faça isto em apenas 10 reuniões. Este é o mínimo exigido pelo regimento interno da Câmara dos Deputados. “Hoje mesmo falei com o presidente da Comissão e o relator. Não vamos esperar até 40 sessões. Vou me empenhar pessoalmente para que em junho aprovem a PEC justíssima dos 2%. Irresponsabilidade e inconsequência é os Municípios ficaram a mingua”.
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, pedia a calma dos participantes. “Nós lutamos tanto e temos que ter paciência. Se for preciso ficamos aqui até a noite”. Após a recepção de Alves, Ziulkoski reforçou a pauta: “Estamos aqui para exigir que a Câmara Federal e o Senado votem imediatamente o aumento de 2% do FPM”.
Em nome dos cidadãos“Aqui estão prefeitos, prefeitas, vereadores de todo o Brasil, o cidadão brasileiro, que quer melhor Saúde, melhor Educação. Não podemos aceitar que nos seja retirado, como foi recentemente mais de R$ 70 bilhões das prefeituras. Sei que com a determinação de vossa excelência isso será constituído”, ressaltou Ziulkoski em seu discurso.
Antes de convidar os prefeitos para entrarem no Parlamento, Henrique elogiou o movimento. “Quero dizer aos senhores prefeitos que de novo vocês surpreendem. Ontem fizeram o maior e mais consistente evento em lugar fechado e hoje, mesmo de baixo deste sol, vocês fazem uma das mais bonitas e expressivas manifestações que esta Casa testemunha”.