Desde o início do ano legislativo, que ocorreu em 04 de fevereiro, a assembleia gaúcha, por cinco sessões consecutivas, ainda não conseguiu reunir quórum suficiente para colocar em votação os projetos de lei, alguns acumulados do ano passado. Mais uma vez o número mínimo de 28 parlamentares presentes à ordem do dia para votação, não ocorreu na tarde desta terça-feira, 11 de março. Quinze matérias em caráter de urgência trancam a pauta de votações e precisam ser apreciadas antes das demais.
O veto total do governador Tarso Genro ao polêmico projeto de lei que isenta o pagamento para quem passar pela mesma praça de pedágio mais de uma vez no mesmo dia, ainda aguarda votação. Contudo, o que tem causado grande debate ultimamente é o projeto de lei enviado pelo executivo que prevê isenção fiscal para empresas que pagarem pelas despesas das estruturas temporárias da copa do mundo em Porto Alegre. Em recente audiência na comissão de economia da assembleia gaúcha, o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, acenou com a alternativa de o próprio clube Internacional fazer captação de recursos, com auxílio da prefeitura e governo estadual, para bancar as despesas das estruturas temporárias. Havendo a manutenção do cenário atual desta questão, na qual o dirigente do Internacional informa que não possui recursos próprios para bancar sozinho as despesas das estruturas temporárias, apesar de constar em contrato assinado com a FIFA, e o risco da assembleia derrubar, em votação, o projeto de lei do governo, o vice-prefeito de Porto Alegre informa que não existe plano B para esta situação.
Representando a bancada do PMDB o deputado Nelson Harter, mesmo com resignação, acredita na aprovação do projeto de lei do governo sobre as estruturas temporárias para a copa. O deputado pede mais discussão sobre o projeto, critica o legislativo por falta de fiscalização e reclama que o povo do interior gaúcho paga pela concentração de recursos destinados a Porto Alegre.