Candidato à presidência Eduardo Campos estava em avião que caiu em Santos
A aeronave que caiu, por volta das 10h desta quarta-feira (12), em casas em Santos (SP) pode ser do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB). Informações preliminares dão conta de que o candidato estava na aeronave e assessores confirmam que perderam contato com o candidato e ele não chegou ao destino esperado, no Guarujá, onde estava prevista agenda de campanha em Santos. A assessoria informou que a candidata a vice, Marina Silva, não estava no avião. Ela aguardava a chegada de Campos no Guarujá, para embarcarem para Santos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu, por volta das 10h, em uma casa na altura do número 50 da Rua Vahia de Abreu, na esquina com a Rua Alexandre Herculano, no bairro do Boqueirão. De acordo com o Comando da Aeronáutica, a aeronave é um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. A
Aeronáutica informou que já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente. Há vítimas no local, mas o Corpo de Bombeiros não sabe ainda informar quantas pessoas se feriram no acidente e se há mortos. Oito carros do Corpo de Bombeiros estão atendendo às ocorrências.
Biografia
Nascido no Recife em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos entrou na faculdade aos 16 anos. Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco aos 20 como aluno laureado e orador da turma. Eduardo Campos começou a militância política ainda na Universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia, em 1985. Em 1986, Eduardo trocou a possibilidade de um mestrado nos Estados Unidos pela participação na campanha que levou Miguel Arraes de volta ao governo de Pernambuco, tornando-se chefe de gabinete. Naquele momento ele iniciava uma carreira política que o levaria a ser candidato à presidência.
Como chefe de gabinete do governador Miguel Arraes, participou diretamente da criação da primeira secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste, em 1987, e, em 1989, da primeira Fundação de Amparo à Pesquisa da Região, a FACEPE. Entrou para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 1990 e conquistou, pelo partido, o primeiro mandato, deputado estadual. Na Assembléia Legislativa de Pernambuco, foi líder e um dos mais destacados parlamentares da bancada da oposição.
Chegada ao Congresso
Eduardo Campos chegou ao Congresso Nacional em 1994, eleito com 133 mil votos, ficando à disposição do Governo do Estado de Pernambuco a partir de 1995, para exercer o cargo de secretário do Governo e, em 1996, o de secretário da Fazenda. Como secretário da Fazenda, criou a vitoriosa campanha Todos com a Nota, que deu grande impulso à cultura e ao futebol pernambucano e ainda elevou a arrecadação de tributos no Estado para níveis jamais alcançados. Na Secretaria da Fazenda, como fizera antes na de Governo, também participou de várias iniciativas importantes na área de Ciência e Tecnologia e apoiou o trabalho da Fundação de Amparo à Pesquisa.
Em 1998, foi reeleito para a Câmara Federal como o deputado federal mais votado do Estado. Obteve 225 mil votos. Exercendo o terceiro mandato de deputado federal, conquistado em 2002, Eduardo destacou-se no Congresso Nacional como um dos principais articuladores do governo Lula para a aprovação das reformas da Previdência e Tributária. Em 2003, Eduardo Campos foi empossado ministro de Ciência e Tecnologia. Em sua gestão, o MCT deixou de ser um órgão restrito aos interesses das comunidades científicas e acadêmicas e se transformou em um mecanismo capaz de colocar os conhecimentos dos cientistas à disposição da sociedade.
Em 2005, Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do PSB. A solenidade de posse no cargo foi uma expressiva demonstração de que ele é hoje uma das principais referências da política brasileira. Após seu discurso, Eduardo foi aplaudido de pé pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, José Alencar; seis ministros, os presidentes nacionais de vários partidos e outras lideranças. No início 2006, Eduardo se licenciou da presidência nacional do PSB para concorrer ao Governo do Estado pela Frente Popular de Pernambuco. No dia 29 de outubro daquele mesmo ano, foi eleito governador. Em 1º de janeiro de 2007, assumiu o Palácio do Campo das Princesas. Nas últimas eleições, o presidente do PSB foi reeleito governador de Pernambuco com 82,83% dos votos válidos